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sexta-feira, 4 de maio de 2012

É NORMA !

Movimentos suaves ou agressivos, lentos, delicados, fortes, rápidos... De semelhança, apenas a intensidade de cada gesto, a ser apreciado pela platéia em êxtase... A bailarina, delicadamente, convida a uma viagem de sonhos claros, sem ausências, sem tristeza, em profusão de cores, gestos e passos encantadores. Da leveza das mãos às sapatilhas, em ponta de pés... Uma miragem alucinante e bela, bela, bela... E enquanto a bailarina encanta, a passista enfeitiça! Os pés elevados, o sorriso incansável, o gingado brasileiro que em nenhum outro lugar do mundo se vê. Movimenta-se em ritmo aluciante sem perder a delicadeza... tão linda... E o Carnaval. Com a passista, a possibilidade de esquecer, por um instante, perdido no gingado de seu corpo, o que faz entristecer. Do encanto e do feitiço, chega-se ao sabor dos boleros de salão, onde qualquer casal parece sempre apaixonado, em movimentos consoantes, passos recíprocos, sorrisos cúmplices... Ah! A magia da dança!!! Dos impensáveis rituais indígenas, das festas da Bahia, do Ballet no Municipal, da Sapucaí, dos salões de baile, dos anos passados, clássica, lenta, apaixonada, feliz... Nada na dança remete à tristeza, mesmo quando o produtor de Cisne apresenta uma beleza fúnebre, um saltitar subjetivo, uma intensidade sombria... ainda assim, o Cisne voa, dança, dança, dança... lindo... A dança leva as lágrimas pra outro mundo... ou deixa as tristezas nesse mundo e remete a outro, mágico, puro, colorido, cheio de amor, brilho e ritmos vários. Dançar é muito mais que equilibrar os movimentos: é equilibrar os sentimentos! É transcender! E chegar a um mundo invisível, onde é impossível ser triste. Onde o sentir é muito mais que um verbo... E onde dançar é vital... - Magaly Arruda (à Norma Pagioli).